Vereadores da Câmara de Vereadores de Joinville visitaram nesta sexta-feira (26) a Unidade de Pronto Atendimento Continente, de Florianópolis, e a Unidade de Pronto Atendimento Forquilhinhas, de São José. O objetivo era conhecer o funcionamento das unidades de saúde que operam por meio de convênio com organizações sociais. Os parlamentares se reuniram, ainda, com o secretário de Saúde de Florianópolis, Carlos Alberto Justo da Silva. Estavam na diligência os vereadores da Comissão de Saúde Wilian Tonezi (Patriota) e Brandel Junior (Podemos), e os vereadores Mauricinho Soares (PROS) e Sales (PTB).
O presidente da Comissão de Saúde, Wilian Tonezi, afirmou, ao fim das visitas, que a utilização de organizações sociais na gestão da saúde é um modelo dinâmico que permite, por exemplo, que a escala médica tenha mais profissionais disponíveis nos dias de maior volume de atendimento. Tonezi destacou ainda que o modelo proporciona agilidade na manutenção da edificação e equipamentos. Para o vereador, ficou nítido que a gestão por organização social é o melhor para os serviços de pronto atendimento.
O gerente da Unidade de Gestão Administrativa e Financeira da Secretaria de Saúde de Joinville, Adilson da Silva, afirmou que a pasta tem a intenção de implantar a gestão por organização social na UPA Sul. Segundo o gerente, a Secretaria de Administração e Planejamento já está trabalhando na elaboração do edital, que deve sair até o final do ano. O gerente afirmou ainda que na UPA Sul menos de 10% dos profissionais são servidores públicos de carreira e, portanto, na visão dele, não será um problema realocar esses servidores em outras unidades caso uma organização social assuma a gestão da UPA.
Atendimentos
Inaugurada em abril de 2019, a UPA Continente é a primeira da capital catarinense a ser gerida por uma Organização Social, atualmente a Associação Mahatma Gandhi. A UPA Continente é a menor de Florianópolis, com média de 6 mil atendimentos mensais. As outras unidades, UPA Norte e UPA Sul, têm média de 12 mil atendimentos mensais cada, segundo informações da Secretaria de Saúde da capital catarinense.
Segundo a gerente de Atenção Especializada da Secretaria de Saúde de Florianópolis, Eduarda Campos, a gestão por meio de organização social garante maior agilidade na contratação de profissionais de saúde e na aquisição de materiais. A gerente afirmou ainda que a organização social deve atender aos indicadores exigidos no contrato.
A representante da Secretaria de Saúde de Florianópolis mostrou aos vereadores de Joinville os números das despesas da UPA. Segundo as informações, a Prefeitura repassa R$ 694 mil mensais à organização social responsável pela gestão da UPA Continente. Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde de Florianópolis, as outras UPAs, que fazem em média o dobro de atendimentos mensais, custam aos cofres públicos cerca de R$ 1,5 milhão por mês.
Os vereadores visitaram ainda a UPA do município de São José, também gerida por uma organização social. Segundo as informações repassadas aos parlamentares de Joinville pela Organização Social Ideas, a UPA faz média de 12 mil atendimentos mensais e recebe repasses de R$ 1,3 milhão mensais da Prefeitura de São José.