Setembro amarelo e transmissão de doenças por animais silvestres foram os assuntos da Tribuna Livre desta quarta-feira (29). A psiquiatra da Associação Joinvilense de Psiquiatria, Maria Aparecida Nunes Fontana, pediu apoio dos vereadores para políticas públicas de prevenção ao suicídio. Já o médico veterinário da Vigilância Ambiental, Jaime de Matos Júnior, pediu que os vereadores trabalhem, na legislação de Joinville, a prevenção de doenças transmissíveis por animais silvestres.
Segundo a psiquiatra, a morte de pessoas por suicídio gera prejuízos econômicos. Cada pessoa morta atinge no mínimo seis pessoas entre seus familiares. Para ela, é necessário ampliar o acesso aos medicamentos para transtornos mentais, já que o rol de antidepressivos é muito limitado na rede pública de saúde. De acordo com Maria Aparecida, 96% dos casos de suicídios são cometidos por pessoas que apresentavam transtorno mental que não foi detectado ou não foi tratado de forma adequada.
Animais silvestres
Segundo o médico veterinário da Vigilância Ambiental, uma forma de diminuir o contágio de doenças seria prever que os munícipes não possam alimentar de forma inadequada animais silvestres. De acordo com ele, o Código de Posturas atualmente não faz referência a esses casos.
O médico veterinário afirmou que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 75% dos agentes de doenças infecciosas no homem são de origem animal.
Jaime Júnior citou pombos e saguis como animais que têm gerado ocorrências para a Vigilância Ambiental em Joinville. Segundo ele, a excessiva oferta de alimentos influencia diretamente a reprodução dos pombos. Eles são transmissores de doenças causadas por fungos encontrados em suas nas fezes. Já no caso de saguis, os humanos podem transmitir doenças para os animais, como é o caso da herpes, que para os animais pode ser fatal. Além disso, os saguis podem transmitir raiva para os humanos.