Túmulos violados, uso de drogas e vidros quebrados das capelas para roubo de alumínio. Essa é a situação dos cemitérios de Joinville, segundo descrição do vereador Pastor Ascendino Batista (PSD), nesta terça-feira (29), na Comissão de Proteção Civil. “Perdeu-se totalmente o controle”, reconheceu Batista, que havia estado mais cedo no Cemitério São Sebastião, no bairro Iririú.
Os dez cemitérios de Joinville abrigam 180 mil sepulturas, segundo a Secretaria de Meio Ambiente (Sama). A Guarda Municipal fez mais de mil rondas nos cemitérios, só neste ano, abordou 67 pessoas e encaminhou três à delegacia.
“É algo realmente que a gente perdeu o controle”, concordou Diego Machado (PSD), que disse receber reclamações todos os dias de vandalismo nos cemitérios. Machado é, aliás, autor de um projeto de lei que proíbe o abandono de restos de alimentos nos cemitérios. Para ele, a solução definitiva para esses locais é uma Parceria Público-Privada (PPP). “Isso acabaria tirando esse ônus do poder público e melhorando a qualidade. Mas tem que ser um modelo bem-amarrado”.
A Prefeitura trabalha na PPP dos cemitérios desde 2022, segundo a gerente da Unidade de Concessões e Permissões da Sama, Dayane Candido Bento. Ela acredita que só a terceirização pode resolver os problemas desses locais. A licitação deve ser lançada até o fim deste ano, e a concessão deve ser efetivada no ano que vem, estima a gerente. “A terceirização é um caminho sem volta”, disse Dayane aos vereadores.
Presidente da comissão, Mateus Batista (União Brasil) disse que eles vão acompanhar o andamento da PPP e cobrar a presença de vigilantes no futuro contrato.