Permissionários dos boxes do Mercado Público de Joinville estão tendo dificuldades de negociar com a Prefeitura a renovação das licenças, vencidas no ano passado. A Comissão de Urbanismo tratou do assunto em reunião nesta terça (31).

Boxista do mercado há 35 anos, Valmir José Santhiago afirmou aos vereadores que pensa em desistir da atividade porque não tem os R$ 200 mil devidos ao município, mesmo parcelados. Segundo ele, os valores quase dobraram, mesmo em meio à pandemia de covid-19, que derrubou as vendas.

A diretora-executiva da Secretaria de Cultura (Secult) Francine Olsen explicou que não conseguiu liberação jurídica da Procuradoria Geral do Município (PGM) para mudar a forma de pagamento da renovação. Segundo ela, foi mantida a mesma acordada com os boxistas em 2012, ou seja, 50% do valor em 4 parcelas e o saldo em 72 vezes.

Francine propôs um grupo de estudos para encontrar uma saída, diante da negativa da PGM.

O vereador Cleiton Profeta (PL), no entanto, argumentou que o tempo está acabando – há boletos que vencem no próximo dia 17. Para ele, o Executivo falhou em cumprir a promessa de fazer um projeto de lei com uma nova forma de pagamento.

Presidente da comissão, Wilian Tonezi (Patriota) disse que vai esperar um convite da Secult para o grupo de discussão, mas cobrou urgência.

Líder do governo na Câmara, Neto Petters (Novo) afirmou que a Secult “trabalhou de maneira adequada”, cumprindo o que estava previsto no contrato de 2012, conforme orientação da PGM. Neto disse, porém, que estão tentando viabilizar uma saída para os boxistas.

Mercado Público de Joinville/ Mauro Schlieck/CVJ