Camelôs procuraram vereadores na Comissão de Legislação nesta segunda-feira (31), em busca de apoio à permanência deles nos boxes que ocupam no camelódromo na esquina da rua Princesa Izabel com a avenida Doutor Albano Schulz, cujo imóvel é da Prefeitura e está à venda. O prefeito Adriano Silva, inclusive, já enviou o Projeto de Lei 74/2021 aos vereadores para autorização da alienação do bem. A matéria já tramita na Comissão de Legislação e tem o vereador Alisson Julio (Novo) como relator.
A proposta entrou na Câmara no dia 10 de maio. O imóvel de 822,59 m², de acordo com texto, está avaliado em R$1,66 milhão. De acordo com o vereador Alisson Julio, a Prefeitura foi pressionada pelo Ministério Público a alienar o local, tendo em vista que os camelôs não teriam permissão legal para usufruir da construção.
O comerciante Jean Carlos de Borba, que está lá há 28 anos como camelô, ressaltou o impacto do projeto. “Contamos hoje com 33 boxes. Se aprovado, [o projeto] atingirá aproximadamente 250 pessoas”.
Levi Arrifano Silva, que é camelô há 38 anos, comentou sobre a dificuldade de se manter nesta área nos dias atuais, ainda mais sem uma regularização ideal para trabalhar.
O vereador Cláudio Aragão (MDB) fez um requerimento para uma visita dos vereadores ao camelódromo. Ele tenta também uma audiência na Prefeitura para discutir o tema. Para Aragão, é necessário analisar outras alternativas para manter o camelódromo dentro da legalidade.