A Comissão de Saúde recebeu nesta quarta-feira (21) representantes do Hospital Municipal São José (HMSJ) e da Secretaria de Saúde de Santa Catarina para debater a fila de cirurgias eletivas com necessidade de prótese. Segundo a gerente regional de Saúde em Joinville, Graziela Vieira de Alcantara, há uma grande dificuldade na compra de próteses por causa dos preços da tabela Sigtap (Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos do SUS), que estariam muito abaixo dos preços de mercado.

Segundo a representante da Saúde de Santa Catarina, há dificuldade de conseguir fornecedores pelos preços da tabela Sigtap, o que prejudica a realização de cirurgias eletivas que necessitam de prótese. Graziela afirmou que o governo de Santa Catarina se articula com o Ministério da Saúde para atualização dos valores da tabela.

De acordo com a gerente regional, paralelamente, a pasta estadual habilitou no final de abril o Hospital Bethesda como alta complexidade para cirurgias de traumato-ortopedia. O objetivo é ter em Joinville uma alternativa para que as cirurgias eletivas não se concentrem apenas no HMSJ, que faz também cirurgias de emergência. Segundo Graziela, já existe um recurso disponível que será repassado ao município caso seja feito um aditivo no convênio com o Bethesda.

Para o diretor do HMSJ, Arnoldo Boege Junior, permitir cirurgias de alta complexidade no Hospital Bethesda é uma boa estratégia, já que o São José não consegue dar vazão às eletivas porque faz muitas cirurgias de emergência. Para exemplificar, o diretor afirmou que em janeiro foram feitas apenas três cirurgias eletivas ortopédicas. Ele citou ainda que entram em média oito pacientes por dia no HMSJ por acidentes de trânsito, dinâmica que dificulta o atendimento da fila das eletivas.