A Comissão de Saúde da CVJ fez uma reunião extraordinária nesta terça-feira (8) para acompanhar a atuação dos órgãos de governo no combate à dengue. Joinville vive uma epidemia dessa doença, com a presença de focos do mosquito em todos os bairros. Só este ano, foram registrados 34 mil casos e outros 14 mil estão em investigação. Segundo o site da Prefeitura, 37 pessoas morreram.

O coordenador da Vigilância Ambiental, ligada à Secretaria Municipal de Saúde, Anderson da Silva, apresentou as ações executadas no primeiro semestre deste ano. Além do trabalho permanente de educação e fiscalização a residências e endereços comerciais, uma operação, feita em 1º de abril nos bairros Bom Retiro, Comasa, Floresta e Nova Brasília, eliminou 22 mil possíveis focos do mosquito da dengue. Foram retiradas ainda 74 toneladas de lixo de locais que poderiam vir a abrigar o aedes aegypti.

A vigilância recebeu 2.444 denúncias de possíveis locais infestados, por meio da ouvidoria da Prefeitura.

Nova tecnologia

A Prefeitura espera liberação do Ministério da Saúde para aderir ao Método Wolbachia. Criado na Austrália, conforme o site da Prefeitura, esse método consiste na liberação de aedes aegypti com a bactéria Wolbachia para que se reproduzam com os aedes aegypti locais, formando uma nova população destes mosquitos.

A Wolbachia impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam dentro dos insetos, contribuindo para redução destas doenças. Uma equipe da Prefeitura esteve em Belo Horizonte (MG), em maio, para conhecer essa tecnologia.

Joinville deve ser um dos primeiros municípios catarinenses a receber o Método Wolbachia, quando ele for liberado, de acordo com a gerente Regional de Saúde do governo estadual, Graziela Vieira de Alcântara. Segundo ela, o Estado destinou R$ 2,2 milhões para o combate à dengue em Joinville.