O diretor-executivo da Instituição Bethesda, Hilario Dalmann, ocupou a Tribuna Livre da CVJ na tarde desta quarta-feira (7) e prestou contas da instituição filantrópica que concluiu 86 anos recentemente. Dalmann abordou também os impactos da pandemia na entidade, que atua por meio de um hospital, de uma instituição de longa permanência para idosos e de um centro de educação infantil. A face mais conhecida é a do hospital, existente desde 1969.

Dalmann destacou que o hospital, até o início da pandemia do novo coronavírus, não possuía leitos de UTI, e que dispõe hoje de 42, sendo que 20 foram abertos em março por meio de ações conjuntas com os governos municipal e estadual. O diretor-executivo observou que todos esses leitos estão atualmente ocupados, embora tenha frisado que a instituição já realizou mais de 1,1 mil altas da doença.

A primeira atividade realizada pela Bethesda foi a do que se chamava, em 1934, ano de fundação da instituição, de “lar de desvalidos”. Trata-se do que se conhece popularmente hoje como lar de idosos, ou, tecnicamente, instituição de longa permanência para idosos (ILPI). A instituição acolhe quase 90 residentes, podendo ter até 110. O CEI, por sua vez, foi criado em 1999, sendo que no fim do ano passado atendia a 105 crianças.

Déficit

Dalmann ainda observou como a pandemia expandiu o quadro de funcionários da instituição, que saltou de 315 para 579. Isso resultou em um déficit de R$ 10 milhões, cobertos principalmente, segundo ele, com duas das principais receitas da instituição: as doações via contas de energia elétrica e o percentual que a instituição recebe da venda de bilhetes de Trimania. Dalmann diz que, sem esta última fonte de recursos, a Bethesda “não ficaria mais que três meses aberta”.

Em razão das dificuldades financeiras surgidas com a pandemia, Dalmann relatou aos vereadores que a instituição pediu, em setembro do ano passado, que o Ministério da Saúde colaborasse com o equilíbrio orçamentário da entidade. “Não tivemos retorno até hoje”, afirmou, explicando que caso não haja uma resposta, a saída é que a instituição entre na Justiça para reaver as perdas ocorridas com a pandemia.