Em reunião extraordinária nesta segunda-feira (13), a Comissão de Saúde recebeu servidores municipais da saúde e representantes da Prefeitura para debater a disparidade entre gratificações pagas nas equipes de saúde da família (ESF). Enfermeiros relataram que as gratificações que eles recebem, desde 2019, equivalem a um pouco mais da metade do valor que é pago para outros profissionais.

Adilson Girardi (MDB) e Brandel Junior (Podemos) foram os proponentes da discussão, a partir de reclamações que receberam de servidores municipais. Segundo Brandel, dentro de uma mesma equipe de saúde da família, que possui diferentes profissionais, o valor das gratificações pagas a enfermeiros representa 53% do das gratificações que o município paga aos médicos e dentistas.

Os enfermeiros presentes no plenarinho ressaltaram que questionavam apenas disparidade de valores das gratificações nas ESF e não os salários pagos aos diferentes profissionais. A enfermeira Mayra Kock defendeu a importância da sua categoria e classificou a falta de isonomia como injusta. Ela questionou quais critérios motivaram esse cálculo e perguntou o que precisaria ser feito para corrigir a situação.

Adilson Girardi (MDB) defendeu que, dentro das equipes, os profissionais com nível superior recebam gratificação de forma isonômica. Outros membros da comissão, Cassiano Ucker (Cidadania) e Wilian Tonezi (Patriotas), além de Henrique Deckmann (MDB), que também participou do encontro, posicionaram-se pelos enfermeiros.

O Conselho Municipal de Saúde e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville (Sinsej) também se manifestaram favoráveis à isonomia das gratificações.

Conforme a representante da Secretaria de Gestão de Pessoas, Karine Machado, e também a representante da Secretaria de Saúde, Simone Souza, há um plano de reestruturação em andamento e uma solução deve ser apresentada até o final de fevereiro de 2022.

Exames

Adilson Girardi também foi o proponente de outra discussão na reunião. O parlamentar sugeriu que munícipes possam realizar exames nos postos de coleta das unidades básicas de saúde próximas de onde residem, conforme pede o Estatuto do Idoso. Conforme Girardi, há relatos de idosos que se deslocam da Vila Nova ao Itinga para fazer exames.

O diretor-executivo da Secretaria Municipal de Saúde, Andrei Kolacek, explicou que o sistema já funciona de forma programada para agendar os exames o mais próximo possível da residência dos solicitantes. Ele informou que o Plano Municipal de Saúde prevê que o município dobre o número de postos de coleta nos próximos quatro anos, o quem segundo ele, facilitará o acesso da população.

Também de acordo com Andrei, para 2022 está previsto um investimento para que o Laboratório Municipal, na Centro, passe a realizar mais atendimentos. Isso deve evitar que pacientes tenham de se deslocar por diferentes unidades de saúde.