Na próxima segunda-feira (2), a Câmara de Vereadores de Joinville retoma as atividades parlamentares, agora com a presidência do vereador Rodrigo Fachini (PMDB). Ele fala sobre o novo momento na Câmara e a busca por uma aproximação maior entre o Legislativo e a população de Joinville.

Na próxima segunda a Câmara realiza a primeira sessão ordinária de 2015. Será a primeira sob sua presidência, quais são as expectativas?
A expectativa é bastante grande. A preocupação e, acima de tudo, a responsabilidade é enorme. Esse novo momento, não só na minha vida, mas também no dia a dia da Câmara de Vereadores. Confesso que tenho aqui um pingo de nervosismo, um pingo de ansiedade, mas acima de tudo a dedicação, eu diria mais do que isso, a motivação para que possamos junto com os servidores desta Casa, tanto os efetivos como os comissionados, mas especialmente junto com os 19 vereadores, fazer um trabalho que possa dar orgulho à população de Joinville.

Quais são os assuntos que podemos destacar como prioridades para este ano?
Penso que a Lei de Ordenamento Territorial (LOT) é um tema de grande relevância para a cidade de Joinville e com certeza a Câmara de Vereadores será palco de grandes discussões. Mas o dia a dia da Câmara de Vereadores é pautado pela cidade. Então penso que talvez tenhamos vários assuntos que não estão na pauta nesse momento mas que vão entrar em pauta especialmente por causa dessa mutação que a cidade vive. Especialmente uma cidade como Joinville, de 600 mil habitantes, que está sujeita a essa mutação diária. A cidade não é estática, não é uma maquete, ela é um meio onde as pessoas vivem. Essa mutação, essa vida, pode provocar algumas pautas que hoje nós não percebemos no primeiro momento, mas que logo ali na frente ela pode ser pautada pela própria sociedade e aí cabe à Câmara, aos vereadores, dar a importância devida.

E no aspecto administrativo, quais são os desafios?
A gente tem buscado, nesse primeiro momento, entender o todo da Câmara, os contratos, o funcionamento, a relação entre os servidores e tantos outros desafios que já estão colocados. O que tem de alinhamento, aquilo que a gente pretende de fato, é fazer cada vez mais com que a população possa estar presente no dia a dia da Câmara de Vereadores e que a Câmara possa também viver mais a realidade de cada comunidade, que ela possa estar inserida no contexto lá da comunidade. De que forma? Já falamos em outros momentos da sessão itinerante. Penso também na modalidade de audiência pública, que oportuniza a participação do líder comunitário ativamente no momento que a Câmara vai estar lá no bairro. Penso que essa é uma modalidade bastante importante que proporciona que o cidadão, especialmente aquele que vive o dia a dia da comunidade, como o líder comunitário, o membro da Associação de moradores, o membro do Conselho local de Saúde, o membro da Conselho de Segurança local (Conseg), aquele que participa ativamente da igreja, independente da denominação religiosa, que todos eles possam de fato participar. Eu acho que audiência pública permite mais até que a sessão itinerante. Penso eu que essa modalidade, de audiências públicas, em que a Câmara vai com essa sensibilidade de ouvir a comunidade, pode ser instrumento bastante importante nessa aproximação. Eu tenho dito que hoje qualquer cidadão que precisar conversar com um subprefeito, com um secretário ou com o prefeito, ele terá mais dificuldade que um vereador. Eu defendo desde o meu primeiro dia aqui nessa Casa, e continuo defendendo, que o papel do vereador, além de fiscalizar o Executivo, além de produzir leis, é também ser esse elo de diálogo entre a comunidade e o Poder Público, especialmente o Poder Executivo. Penso que agora na condição de presidente a gente possa caminhar nesse sentido e oportunizar cada vez mais a presença, o diálogo e inclusive a influência do cidadão aqui no Poder Legislativo Municipal.

Foto de Nilson Bastian

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