A Resolução 112/06, da Fundação Catarinense de Ensino Especial, que propõe a diminuição do tempo de ensino dos autistas na Associação de Amigos Autistas (AMA), foi debatida na reunião das Comissões de Educação, de Saúde e de Participação Popular.

Hoje, o atendimento na AMA é de quatro horas por dia, três vezes na semana, nas quais 82 crianças e 15 adultos recebem o atendimento especializado. A resolução propõe que as crianças estudem em uma escola regular em um período e passem apenas uma hora e meia recebendo o atendimento na Associação.

Só que isso é inviável, segundo afirmou o presidente da entidade, Gerson Borba, porque haveria conflito de horário. Para os pais, essa proposta é prejudicial para o aprendizado e para a socialização. “Com a escola, meu filho obteve uma grande mudança. Mas é impossível ficar sem a AMA”, afirmou Amanda Zimmerhansl, mãe de uma criança autista atendida pela Associação.

A representante da Gerência Regional de Educação (Gered) Inês Ramos afirma que o autista deve estar na escola regular. Segundo Inês, isso ajudaria a melhorar a socialização das crianças autistas. Em contrapartida, não é possível prover uma educação adequada às necessidades dessas crianças sem o atendimento especializado da AMA.

A Prefeitura disponibiliza nove professores para 51 alunos atendidos pela rede municipal.

O vereador Levi Rioschi protocolou moção de apelo à revogação da resolução da FCEE. Vereadores das três comissões pretendem organizar uma caravana para entregar o documento as mesmas comissões na Assembleia Legislativa, em Florianópolis, no próximo dia 22 de outubro. Eles devem ser acompanhados por representantes da AMA.

Foto Sabrina Seibel

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