Teve início na manhã desta segunda-feira (28), no plenário da Câmara de Vereadores, o primeiro Fórum Regional “A saúde tem remédio”. Idealizado pela Comissão de Saúde, Escola do Legislativo da Câmara e o Conselho Municipal de Saúde de Joinville, o fórum organizou palestras com profissionais da saúde para debater os problemas enfrentados no Sistema Único de Saúde (SUS).

Para o presidente da Comissão de Saúde, vereador Alodir Cristo, discutir a saúde pública é fundamental para elevar a qualidade de vida dos cidadãos. “Convidamos diversos profissionais da saúde para trocarmos ideias e melhorarmos nossa gestão”, enfatiza Cristo, coordenador do fórum. Na oportunidade, Cristo agradeceu a participação gratuita de todos os palestrantes. O vereador James Schroeder, primeiro-secretário da Mesa Diretora, enalteceu a realização do fórum e a criação da Escola do Legislativo. “Os eventos com a participação da Escola do Legislativo objetiva a interação com a sociedade”, defende James.

Atenção básica à saúde

O planejamento, investimento tecnológico e a prevenção foram os temas da palestra de abertura. O médico Carlos Alberto Fiorot, presidente da Associação Médica Homeopática Brasileira, chamou atenção para a necessidade de investimentos em políticas econômicas e sociais para evitar enfermos. Segundo Carlos, uma das principais ações para assegurar boa saúde é a prática esportiva, hábitos saudáveis de alimentação e acesso à informação. “Saúde não é só fornecer remédios”, destaca Carlos Alberto.

Levantar indicadores sociais para desenvolver estratégias de trabalho. Esse foi o ponto de partida do médico Luiz Henrique Mandetta à frente da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O ex-secretário de Saúde citou como exemplo de economicidade o projeto de saúde bucal nas creches de Campo Grande. A partir de três ônibus do município encostados por mal estado de conservação, a Secretaria adquiriu os veículos e os reformou, transformando-os em clínicas odontológicas móveis. Os veículos começaram a percorrer os bairros e a prestar atendimento às crianças de 0 a cinco anos das 88 creches. Atualmente são seis ônibus adaptados que prestam serviço à comunidade. O resultado foi positivo e diminuiu os custos no trato dessas crianças a partir dos seis anos. “O profissional de saúde deverá ser cada vez mais eclético, dinâmico. É preciso racionalizar o gasto do dinheiro público”, acredita Luiz.

Na terceira e última palestra do período da manhã, ocuparam a tribuna João Camilo Walter e Salete Wiggers, coordenadores de hortas caseiras da Pastoral da Criança da Diocese de Joinville. Com o tema “A importância do trabalho voluntário na saúde das crianças”, os integrantes da Pastoral falaram sobre a importância do curso de alimentação e horta caseira nas comunidades carentes. Para João, a primeira etapa do projeto é sensibilizar as mães sobre a importância de se desenvolver hábitos saudáveis de alimentação. Outro fator importante é instruir à comunidade sobre reciclagem e o reaproveitamento dos alimentos. “Com essas ações voluntárias, a Pastoral contribui com o desenvolvimento da alimentação saudável”, destaca João. A coordenadora Salete passou um vídeo institucional que conta a história da Pastoral da Criança no combate à desnutrição infantil. “É um trabalho maravilhoso e muito gratificante”, eleva Salete. O trabalho de acompanhamento às famílias pela Pastoral iniciou em 1983. Outro trabalho significativo é a alfabetização e o controle social.

No período da tarde, a partir das 14 horas, os trabalhos do Fórum “A saúde tem remédio” serão retomados. A primeira palestra será ministrada pela socióloga e coordenadora do Programa de Plantas Medicinais e Fitoterápicos da Prefeitura de Joinville, Edite da Silva. O tema desenvolvido será “As vantagens da fitoterapia e o exemplo de Joinville”.

Foto de Nilson Bastian

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