A Secretaria de Saúde apresentou ontem na Câmara a prestação de contas dos investimentos feitos na área ao longo do ano. Se o Sistema Único de Saúde, o SUS, fosse um plano privado, cada joinvilense já teria desembolsado neste ano R$ 791. Isso significa dizer que o município aplicou quase R$ 462 milhões na rede pública de saúde de primeiro de janeiro a 31 de agosto.
O valor representa um incremento de 11% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os recursos aplicados em saúde em Joinville correspondem a mais do que o dobro do mínimo previsto pela Constituição, já batendo a casa dos 34% do total da arrecadação de impostos no município.
Segundo a gerente da divisão de gestão administrativa e financeira da Secretaria de Saúde, Keli Bett, o atendimento cresceu em quase todas as áreas.
Cirurgias
Entre maio e agosto deste ano, o Hospital Municipal São José fez duas mil trezentas e setenta e oito cirurgias, alta de 12% sobre o mesmo período do ano passado. Transplantes cresceram 9%, totalizando 170 no segundo quadrimestre de 2019.
As farmácias do município distribuíram 36 milhões de medicamentos. Os mais consumidos pela população foram remédios para hipertensão, diabetes e depressão.
Ainda de acordo com Keli Bett, o programa ESF — Estratégia Saúde da Família, alcançou uma cobertura de 73% da população joinvilense. Isso representa um crescimento de 40% da cobertura de um ano para outro, enquanto o crescimento populacional foi de apenas 10%.
Taxa de mortalidade
A mortalidade infantil em Joinville também continua referência para o estado. Foram sete mortes a cada mil nascimentos. A média catarinense é de 10.
O único índice apresentado na prestação de contas que ficou abaixo da meta foi o de vacinação contra a febre amarela. O objetivo da Secretaria de Saúde era o de imunizar 95% dos joinvilenses, mas somente 64% estão protegidos.