A suposta demora para o procedimento de compra de vagas em Centros de Educação Infantil particulares e filantrópicos foi o tema central da Comissão de Educação em reunião nesta terça-feira (25). O secretário de Educação, Diego Calegari, participou do encontro, mas a ausência da Procuradoria-geral do Município (PGM), que também foi convidada, gerou indignação entre os vereadores. A comissão convocou a procuradora-geral Christiane Schramm Guisso para uma reunião extraordinária na próxima terça-feira (1°).

A cobrança da Comissão de Educação por esclarecimentos sobre a compra de vagas já foi pauta em abril, quando os vereadores decidiram enviar ofício à Secretaria de Educação para pedir agilidade no processo. De acordo com o secretário Diego Calegari, o novo edital para parceria com instituições filantrópicas está publicado, já o edital para os CEIs particulares ainda está em elaboração.

A ausência de Christiane Guisso foi justificada por ofício. No documento, ela alegou ter outro compromisso agendado. Presidente da comissão, Brandel Junior (Pode) pediu para que fosse registrado seu descontentamento. Para ele, era necessário que a PGM enviasse um representante para dar respostas sobre o tema.

Diego Machado (PSDB) reforçou a necessidade da PGM na reunião. Foi ele que sugeriu a convocação, acatada na sequência por Brandel Junior. Ao encontro do pensamento de Diego, Neto Petters (Novo) e Ana Lúcia (PT) destacaram a importância de ouvir a PGM.

Para Petters, “a presença de Christiane Guisso é fundamental para entender os porquês”. Já Ana Lúcia analisou a ausência como “falta de respeito com profissionais responsáveis pelos CEIs”, que estavam na plenarinho para acompanhar a reunião. “É injustificável”, concluiu a parlamentar.

Diego Calegari afirmou que a meta da Secretaria de Educação é zerar a fila por creches no município. Entretanto, considerou que o objetivo é “irrealizável sem a parceria com CEIs”.

Brandel Junior convocou a comissão para reunião extraordinária a ser realizada na próxima terça-feira (1°), às 14h.

Para entender

Como a oferta de vagas nos CEIs municipais não atende a todos os alunos do município, a Prefeitura de Joinville compra vagas de instituições particulares e filantrópicas. As instituições interessadas fazem um credenciamento, seguindo instruções publicadas em edital, para poder vender parte de suas vagas para a Prefeitura.