Na manhã desta quarta-feira (22/06), um grupo de vereadores liderados pela Comissão de Saúde da Câmara foi ao Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. Os parlamentares receberam denúncias de espaços e leitos vazios dentro da unidade, além de superlotação e problemas estruturais. Os vereadores queriam entender como a direção do hospital está trabalhando para auxiliar a população que busca atendimento na unidade e como os problemas estão sendo tratados pelo governo estadual.

Brandel Junior (Podemos) disse ser evidente a necessidade de um “olhar mais próximo”. “Não adianta o [hospital] Regional ter nove salas cirúrgicas e não ter mais leitos. O governo estadual precisa investir mais recurso”.

Cassiano Ucker (Cidadania) elogiou o trabalho dos servidores e questionou se na unidade existe a estruturação da chamada Home Care. Essa modalidade, hoje uma obrigação do SUS e da saúde suplementar, visa permitir desospitalização precoce dos pacientes e tem como principais usuários pacientes com doenças crônicas e grande dependência para cuidados da vida diária e de enfermagem.

Sidney Sabel (União Brasil) afirmou que é preciso que o governo estadual “olhe para Joinville” urgentemente. “O Hospital Regional está abandonado e o joinvilense não pode mais esperar”, advertiu.

Henrique Deckman (MDB) destacou que a unidade tem espaços bem conservados e com boas condições. Mas reconheceu, ao conversar com pacientes, que há superlotação. Também buscou entender como é o funcionamento da regulação para o direcionamento de leitos.

Pastor Ascendino Batista (PSD) reiterou que viu in loco no Hospital Regional algumas situações que desagradam os pacientes, como a superlotação. “Com um déficit de quase 200 leitos, este é o principal problema da unidade. Nós, vereadores, vamos unir forças para buscar uma solução. Joinville suporta uma demanda na Saúde de toda a região e merece mais atenção”, afirmou.

Neto Petters (Novo) questionou se o secretário de Estado da Saúde e os órgãos do governo estadual têm conhecimento da situação levantada na unidade. A direção do hospital confirmou que sim.

Atualmente são 279 leitos, todos ocupados dia após dia. Segundo o diretor Evandro Rodrigues Godoy existe um déficit de aproximadamente 190 leitos. Pelo menos 40 pacientes ficam sem atendimento na unidade todos os dias.

O centro cirúrgico teve apenas manutenções paliativas e o projeto de ampliação já se encontra na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (SAMA) para licenciamento.

Cobrança

Willian Tonezi (Patriota), que é presidente da Comissão de Saúde, destacou que é fundamental a presença dos vereadores para entenderem o que está acontecendo. Ele explicou que a diligência serviu especialmente para averiguar as denúncias da população.
“Vimos que faltam 187 leitos. A ala “O” tem mais de 30 anos e ainda não existe licitação para reforma do espaço. Vamos seguir em conjunto e cobrar do governo do estado uma posição sobre melhorias na unidade. Ela é de responsabilidade da Saúde estadual e as superlotações não podem mais acontecer”, afirmou.