Na manhã desta quinta-feira (4), a Comissão Especial de Segurança nas Escolas visitou quatro centros de educação infantil (CEI) do bairro Vila Nova. Além das deficiências já apontadas nas outras vistorias da semana, como muros baixos e falta de gradil, os vereadores também encontraram carências no sistema de videomonitoramento das unidades.

A comissão também identificou o não funcionamento do botão do pânico em duas unidades. No CEI Raio de Sol, a direção alegou que o sistema de segurança passa por manutenção durante a semana. No outro caso de falha no sistema, no CEI Salete Konecki, um técnico da empresa Khronos, responsável pela segurança da unidade, estava realizando reparos durante a vistoria dos vereadores.

A rodada de visitas começou pelo CEI Raio de Sol. Na vistoria, o relator da comissão, Wilian Tonezi (Patriota), apontou que a unidade precisa de um aparelho de TV maior para o acompanhamento das imagens das câmeras de segurança. Atualmente a unidade conta com um pequeno monitor de computador para a tarefa, sem a possibilidade de ampliação da imagem de uma determinada câmera em tela cheia.

A comissão ainda apontou outras duas melhorias para o Raio de Sol: ampliação da altura de muros, com gradil, e conserto do portão eletrônico da unidade, que está há dois anos escangalhado.

Na sequência, na visita ao CEI Bianca Carolina Pinheiro, a comissão novamente encontrou um monitor que eles consideraram pequeno para o acompanhamento das câmeras. O computador mostra a tela dividida em 16 imagens, uma de cada câmera, sem ampliação ou possibilidade de seleção da câmera que será exibida.

Presidente da comissão, Brandel Junior (Podemos) avaliou que as unidades precisam de monitores de 40 polegadas para facilitar a visualização do profissional que acompanha o videomonitoramento e trazer uma maior sensação de segurança para alunos e servidores.

Na terceira visita, no CEI Sigelfried Poffo, a comissão aprovou o monitor das câmeras de segurança e não identificou defeito no botão do pânico. A diretora do CEI, Cleide Simone Voetz, disse ser contrária à instalação de muros altos porque eles tiram a visão de dentro para fora da escola.

A última parada da comissão foi o CEI Salete Konecki. A diretora da unidade, Marcia Eli dos Santos, contou que pais de alunos reclamam que CEI é muito isolado, já que em seu entorno estão muitos terrenos ociosos. Ela avaliou que uma medida de segurança para o CEI é a intensificação da limpeza dos terrenos vizinhos.

Maria Eli ainda contou aos vereadores, que dos cerca de 370 alunos matriculados na unidade, 15 não retornaram à frequência regular desde o atentado à creche de Blumenau, no início de abril. Conforme a diretora, os pais se sentem inseguros para mandar os filhos para a escola.

O vereador Adilson Girardi (MDB) avaliou que o caso em Blumenau motiva as creches a reforçarem práticas de segurança, que, na opinião dele, já eram adotadas, mas sem tanto planejamento. Com as visitas, Girardi disse perceber que é unânime a ideia de não levantar mais muros e adotar estruturas com grades, que não tirem a visão de quem está no interior de um CEI.

Criada para avaliar a segurança nas escolas de Joinville, a comissão especial é composta pelos vereadores Brandel Junior (Podemos), ocupando o cargo de presidente; Wilian Tonezi, ocupando o cargo de relator; Neto Petters (Novo), secretário. Completam o grupo Adilson Girardi (MDB) e Tânia Larson (União Brasil). O grupo retoma as visitas na manhã desta sexta-feira (5). Estão programadas três vistorias em unidades dos bairros João Costa e Parque Guarani.