Em audiência pública de prestação de contas nesta segunda-feira (26), servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SES) indicaram aumento de 2% nas despesas da área no segundo quadrimestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os gastos na área chegaram a R$ 613.585.308,82, uma soma 11 milhões maior que a do segundo quadrimestre de 2021.

Os maiores gastos da SES ficaram concentrados em assistência hospitalar e ambulatorial e no Hospital Municipal São José, equivalentes a R$ 196 milhões e R$ 193 milhões, respectivamente. Juntos, eles somam 63,5% das despesas do município em saúde, informou a gerente administrativa da pasta, Mariana Luiza Faria. Na sequência, a atenção básica concentrou 25% dos recursos, ou o mesmo que R$ 153 milhões.

Ainda foram gastos R$ 43,1 milhões em gestão; outros R$ 13,6 milhões, na vigilância epidemiológica; mais R$ 10 milhões no suporte profilático e terapêutico e R$ 4.222.426,67, na vigilância sanitária.

No período citado, o município arrecadou R$ 1.505.533.465,94, entre impostos, transferências constitucionais e receitas adicionais da União e do Estado. O valor representa 68,45% dos R$ 2.288.243.992,17 estimados para o segundo quadrimestre. Em comparação ao mesmo período de 2021, houve um aumento de 15% na receita.

Diretrizes

A gerente de planejamento da SES, Ana Carolina Klein, reforçou as diretrizes para a gestão 2022-2025. São elas: fortalecer a atenção primária à saúde como ordenadora da rede e coordenadora do cuidado, qualificar a rede de atenção à saúde, aprimorar a política de gestão de pessoas e aperfeiçoar a gestão do SUS.

São 18 objetivos, 76 metas e 96 indicadores, dentre eles 68 são únicos do plano municipal, oito do plano plurianual e municipal e 20 somente do plano plurianual.

A rede de saúde registra 58 unidades básicas, 13 serviços especializados, 4 hospitais públicos e um hospital filantrópico, além dos serviços de apoio, como a vigilância em saúde e sanitária.

Em relação à cobertura populacional, as 161 equipes de atenção primária fizeram uma cobertura estimada de 92,9% da população, de 555.450 pessoas cadastradas. Na saúde bucal, esse número despenca para 33%.

Cerca de 246 mil habitantes possuem planos de saúde, uma cobertura de 40,8% da população. Dessas pessoas, 84,9% estão na modalidade coletivo-empresarial.

Doenças e vacinação

No combate à dengue, 4.025 focos do mosquito foram encontrados pela vigilância ambiental no segundo quadrimestre de 2022. Exatos 20.066 casos foram notificados e 13.694 confirmados, além de 14 óbitos. Os números representam grande parte dos casos e óbitos deste ano.

A covid-19 apresentou queda nos números em comparação com o mesmo período de 2021. Foram 78.041 casos suspeitos, 17.043 confirmados, 89 internações na UTI, 198 na enfermaria e 46 óbitos. Para ter uma ideia, em 2021 foram 474 óbitos, 1148 internações na enfermaria e 976 na UTI.

A cobertura vacinal da poliomielite cobriu 54,9% das crianças de até quatro anos. O primeiro reforço da vacina contra a covid-19 para idosos está em 78,8%, e o segundo em 51,8%. Já a segunda dose de reforço para a população geral está em 38,5%.

Em relação a Monkeypox ou varíola dos macacos, até hoje foram 116 casos notificados e 27 confirmados, sendo 26 homens e uma mulher.