A Comissão Especial de Segurança em Escolas visitou cinco centros de educação infantil (CEI) na manhã desta sexta-feira (5). As unidades ficam nos bairros João Costa e Parque Guarani, e os vereadores averiguaram, entre outras coisas, o funcionamento de botão do pânico, câmeras de vigilância, iluminação, muros e outros elementos que contribuem para a segurança das unidades escolares.

Com as visitas de hoje, os parlamentares completaram 15 vistorias nesta semana, algo que já possibilita um roteiro mais conciso. Após conversa inicial com gerentes e servidores das unidades, os vereadores, acompanhados de guardas municipais, conferem o estado físico de cada creche e a existência de pontos de vulnerabilidade.

A comissão é composta pelos vereadores Brandel Junior (Podemos, presidente), Neto Petters (Novo, secretário), Wilian Tonezi (Patriota, relator), Tânia Larson (União Brasil, membro) e Adilson Girardi (MDB, membro).

Entre os vereadores, há um consenso de que o funcionamento do botão de pânico é um problema. Petters, Tonezi e Brandel estimam que metade dos equipamentos não funciona. Entre as unidades visitadas hoje, a diretora do CEI Silvia Regina Cavalheiro, Laura Pacheco Boroski, afirmou testar o equipamento diariamente, sem problemas significativos.

Por outro lado, os vereadores presenciaram um momento significativo quanto aos problemas com botões do pânico. A diretora do CEI Zilda Arns, Sandra Menegaro Engler, relatou que um técnico fez testes em que o botão funcionou pouco antes da chegada da comitiva da Câmara. Todavia, quando o equipamento foi acionado a pedido dos vereadores, não houve resposta.

As câmeras de monitoramento das unidades são outro ponto analisado. Brandel já antecipou que um dos pedidos da comissão será o fornecimento de monitores de 40 polegadas para as salas de direção, que sejam acessíveis também aos diretores. Hoje os monitores são, em parte, reservados ao monitoramento pela Khronos, empresa contratada para vigilância patrimonial de edifícios públicos municipais.

Já a vereadora Tânia Larson apresentou preocupação especial com a iluminação das creches. Algumas das unidades não possuíam refletores ou holofotes para maior visibilidade. Tonezi comentou que, neste período do ano, durante o inverno, alguns pais podem acabar tendo que buscar os filhos quando o céu já está escuro. No CEI Antonio Brümüller, por exemplo, a iluminação nas ruas próximas é um ponto de fragilidade.

A preocupação final reside em averiguar pontos de acesso nos muros, que pudessem ser escalados por alguém mal-intencionado. É uma preocupação levantada frequentemente pelos diretores. No Brühmüller, há uma cerca de metal encimada por arame farpado, e não um muro, em um dos limites da unidade.

No Sílvia Cavalheiro, há um imóvel baldio pertencente à Prefeitura, em que um aterro tornou o muro da creche um ponto de vulnerabilidade. A APP da unidade defende uma escavação para retirar parte da argila do aterro para criar um fosso que dificulte possíveis invasões.

A longo prazo, os vereadores devem pedir à Prefeitura para que o terreno seja incorporado ao CEI. A própria diretora da unidade manifestou interesse de usar o terreno para uma horta da unidade. Atualmente, um morador chamado Sidnei cuida do imóvel baldio, tendo cercado parte dele para uma horta.

A comissão também averiguou as condições dos CEI Estrelinha Brilhante e Parque Guarani.